domingo, 29 de setembro de 2013

Abra as Janelas


Antigamente, eu costumava olhar o céu, era como um remédio para trazer calmaria ao meu peito... No infinito eu via aquelas formas irregulares que pareciam desenhadas por mim... Do meu quarto dava para ver a imensidão azul, ilusão, perdição... Então, eu abria a janela e olhava as manchas brancas no céu.
Em um dia, por falta de expectativas, por ilusão e decepção, perdi a vontade de abrir a janela, de olhar o céu...
Desde então, procuro olhar o chão sujo, com pegadas no asfalto. Eu costumava pensar que o céu era o mar acima de nossas cabeças, mas sem toda aquela água, sem precisar ter medo de afogar-se... Só esqueci que ele é traiçoeiro... Porque me atrai e eu me jogo, me apaixono por ele sem pensar na queda depois, rejeitar a gravidade...
O quarto ficou escuro, não quis que nenhum raio de sol entrasse pela janela, então mantive ela fechada por alguns dias... E no quarto permaneci...

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