segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Os teus vícios agora são meus... Tuas músicas preferidas agora estão em meus ouvidos.

Olá...
Faz algum tempo que já não pronuncio essa palavra para alguém... Hoje experimentei o gosto ardido do cigarro daquela marca que tu levava naquele teu bolso rasgado...
Gostei do sabor, por me lembrar a fumaça que saia da tua boca, naqueles dias de verão...
Estou tão diferente do que eu costumava ser, meu cabelo, meus olhos, minha aparência, minha pele agora está rabiscada e isso não me torna mais bela, nem mais perceptível aos olhos daqueles que não conseguem ver minha tristeza por debaixo das minhas roupas negras...
Comprei um maço de cigarros daquela marca e o escondi dentro da minha bolsa... Espero ansiosamente a tarde chegar para poder dar a minha boca esse gosto de morte... Minhas amigas compartilham a fumaça comigo e eu que nunca gostei desse vício repugnante já não consigo viver sem soltar a sua fumaça diariamente...
Rasguei algumas roupas minhas, risquei meu all star, uso maquiagem preta, batom escuro, e levo um cigarro entre os dedos, principalmente no intervalo do meu serviço estressante...
Meu corpo está sendo dominado por desenhos, pretendo tirar essa cor rosa do meu cabelo e voltar a ser normal, para que meu cabelo preto destaque minha feição pálida, triste, estranha...
Agora escuto bandas que nunca gostei, músicas sem sentido, estou tão estranha meu caro que já não me reconheço nas fotografias antigas...
Já não mostro meus dentes, e se alguém sorri para mim, eu considero como ofensa... Andar sozinha agora, já tornou-se rotina... Chorar escondida, fumar e auto mutilar-me enquanto todos dormem já não é segredo, virou doença...
Preciso de uma droga mais forte que me faça ter um porque de querer voltar a ser ingênua como antes, voltar com aqueles sonhos infantis de querer ter um lar, filhos e fazer alguém sorrir...
Não consigo mais olhar no espelho, não gosto do que me tornei, espero que um dia uma cura, uma droga, venha para tapar esses vazios do meu peito e que nesse dia chova tão forte, para que as gotas do céu tirem essa roupa que eu criei, esse ser estranho que me tornei que levem o que ainda restou de você em mim... Mas, até lá... Vou fumar para te encontrar na fumaça da minha mente...

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