Escrever sobre isso é tão patético e entristecedor que eu chego a ter pena de mim mesma...
Percebi que meu dia-a-dia resume-se em você, falar sobre você, ter raiva de você, não querer sequer a consoante do teu nome em meus textos, mas seu código não sai dos sons que meus lábios emitem...
A cada 10 palavras que estão aqui, seis são sobre você... Você nem sabe dos textos que escrevi para você ler e quando lembro deste teu descaso, finjo não me importar, finjo não te lembrar, finjo que você não está aqui...
Rabisquei algumas palavras do meu dicionário, só para tentar te matar aos poucos, fazer-te chorar, fazer-te sentir tudo que já senti um dia... Ora que vingança boba...
Nunca pensei que você fosse este estranho de agora, o mesmo sentimento que tive por você ainda desabrocha flores, mas, de cores negras, sem vida, sem alma, sem cheiro...
Como eu disse anteriormente isto é patético... Cá estou eu novamente falando de você, dessa tua vida, como se você fosse uma heroína que me mantém viva todos os dias, se é que isto é vida...
E eu não sei por que meus olhos ainda insistem em derramar lágrimas com teu nome, você nem sequer se importa com a vida de alguém que só sabe escrever sobre desilusões com teu sobrenome nas entre linhas...
Talvez com o tempo, essa mágoa, essa tristeza, este sentimento por você suma, como você apareceu naquela rua ensolarada de segunda – feira, ou terça, já não me lembro mais...
São tantas coisas, eu não consigo apagar essa tua face deformada das minhas memórias, pois você querido, construiu todas elas... E eu sinto como se, aquele dilema de adolescente estivesse acontecendo, acho que ainda espero te encontrar nas ruas desse lugar...
Você levou uma parte de mim minha querida consoante da quarta letra do alfabeto...
A cada 10 sentimentos, 10 eram teus... A cada 10 sorrisos, nove eram teus... A cada 10 textos, 10 eram sobre você... E a cada 10 palavras, seis são sobre você...
Meu querido...
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