terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Jet Home


Hoje a brisa está em conjunto perfeito com o luar,
Noite perfeita para escrever coisas que aconteceram neste lugar...
Vasculhei nas minhas roupas vestígios de lembranças,
E no fundo escuro havia um vidro vazio...
Nele havia uma fragrância não tão comum, porém significativa
Borrifei o ar que havia dentro dele, como se fosse um lança perfume em meus lábios...
Sorri,
Por ver que o cheiro ainda estava lá
E por um instante fez-me pensar em tempos atrás...
E tudo voltou a tona,
Sorrisos em questão... Lembrança do lugar que havia aquele cheiro...
Estranho é ter um sorriso bom,
De onde saiu tantas lágrimas...
Foi confortante ver o luar,
E sentir a brisa tocar meus fios de cabelo azul,
Fechei os olhos e usei aquela droga dentro do vidro transparente...
A luz penetrava pela janela do quarto, iluminando metade da minha face...
Agarrei o travesseiro e apertei-o forte,
E uma lágrima escorreu,
Ainda não sei porque guardo esses vestígios
Neste mar negro, sabendo que eu não sei nadar e me afogo com as ondas...
É como se fosse uma lua minguante, a dois palmos de distancia de mim,
É querer poder agarrar o céu sem ser meu,
E caminhar na areia com um sapato de pedra...
Entreguei-me ao cheiro e ele me tomou,
Então voei de volta ao inicio,
Porém o inicio fora diferente do meio e o fim não me trouxe boas recordações,
Então distanciei o vidro do meu olfato,
Olhei-o de longe,
Olhei-me de longe,
Vi que histórias assim são passageiras e nessas passagens devem ficar,
As melhores e as piores coisas, para nos fazer lembrar,
E o que resta é curar cada corte no coração,
Mesmo que doa,
Mesmo que o perfume suma,
Mesmo que eu não saiba escrever sobre você e sobre todos nós.
Ainda não sei dizer direito,
Se guardo ou sumo com os dias em que a lua parecia tão branca...
Pego aquele vidro de Jet Home quase sempre,
Me apaixono e depois desencanto,
Então durmo e acordo olhando para os cantos...

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